PROBLEMÁTICAS:
- O trote, hoje, pode ser analisado como uma relação de poder, onde o veterano agressor busca impor sua superioridade hierárquica ao calouro.
- O bullying, tão discutido nos ensinos fundamental e médio, acaba por sustentar o trote nas universidades, uma vez que, enquanto um “brinca” de um lado, o outro sofre violência e constrangimento do outro.
- Em muitos casos, o trote evidencia a exclusão social e a discriminação por questões étnicas, sociais e econômicas.
- Por muitas vezes, o trote é institucionalizado e encorajado pela universidade, o que dificulta a responsabilização do agressor.
VISÃO UNIVERSALISTA:
Os filósofos da Idade Moderna trabalham com a tese do medo do poder. Para uns, do poder individual, para outros, do poder do Estado. O mecanicismo que é necessário para a manutenção do Estado moderno é o controle dos antagonismos. A ética passa a não ter tanta importância, mas sim, a mecanicidade obediente e normativa. As relações do Estado passam a ter um cunho mais econômico, de proteção à propriedade e integridade dos indivíduos e do corpo político. Aí está o ponto chave da influência do tão criticado Hobbes, na formação do Estado moderno, mercantil e burguês. Locke diz que o poder é algo maléfico e que priva os indivíduos. Hobbes tinha medo da anarquia, Locke, do despotismo.
INTRODUÇÃO:
A alegria de passar no vestibular e entrar na universidade vem convertendo-se em outro sentimento: o medo. Os tradicionais trotes, espécie de “ritual de passagem” do estudante para a vida acadêmica, que deveriam ser espaços para interação entre os calouros e os veteranos, têm sido cada vez mais violentos, humilhantes e degradantes para aqueles. Esses fatores chegam a configurar, inclusive, crimes que vão desde constrangimento ilegal, lesão corporal, cárcere privado, estupro e até homicídio.
HIPÓTESES DE SOLUÇÃO:
- Apurar e investigar rigorosamente os casos de violação de direitos humanos decorrentes de trotes.
- Fiscalizar as ações realizadas no “ritual” enquanto da ocorrência do trote.
- Debater as temáticas de violência e desrespeito aos direitos humanos nas universidades.
- Realizar ações periódicas de conscientização sobre e fiscalização de práticas degradantes e humilhantes dentro das universidades.
- Incentivar os estudantes a “denunciar” e buscar a responsabilização dos agressores.