O Projeto Redação em Debate retorna com mais uma postagem da séria ” Texto do Aluno Redação em Debate”. Dessa vez viemos com uma produção do aluno Eslen Pires referente ao tema: os impostos como fatores de igualdade social, tema esse já discutido anteriormente aqui no blog. Acompanhe na integra a redação do aluno:
Texto do aluno Eslen Pires Toledo:
     O Estado, sob a óptica do filósofo Jean Jacques Rousseau, existe para o bem comum e para conservar a liberdade e a igualdade. No entanto, essa lógica não é efetiva, pois a carga tributária brasileira não condiz com a real divisão socioeconômica. Dessa forma, as relações igualitárias não são concretizadas, potencializando uma sociedade de privilégios.
Em uma análise histórica, a “polis” dos gregos traduziam a ideia de Estado na necessidade de uma ordem polÃtica e equilÃbrio social. No Brasil, o desequilÃbrio econômico é marcado pela expressiva desigualdade na carga tributária que, impulsionado pela má distribuição de riqueza, fragiliza ainda mais a economia do paÃs. No desenvolvimento de uma nação, a tributação exerce um papel importante no enfrentamento das desigualdades, pois quanto mais justo o sistema tributário, menor o grau de concentração de riqueza e renda nacional.
     Segundo a Constituição brasileira, os impostos devem ser graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte. Porém, a sonegação de impostos, um dos maiores problemas na economia brasileira, ocasiona um desalento quanto à aplicação dos recursos recolhidos da sociedade. Essa problemática se acentua com a falta de regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), visto que enriquece ainda mais os privilegiados e tira do Estado os recursos necessários ao desenvolvimento.
     O esclarecimento do governo em relação aos tributos e o consequente interesse da sociedade para as necessidades da população são indispensáveis para o equilÃbrio socioeconômico. Bem como, pôr em prática o princÃpio constitucional de que quem ganha mais, paga mais impostos. Portanto, somente com a imposição de impostos igualitários resultará em uma aplicação de recursos necessários para a população e diminuirá, consideravelmente, a soberania da classe dominante e os seus privilégios.