Nessa terça-feira temos uma surpresa para os que acompanham diariamente nosso blog. Ana Carolina Lyra, primeiro lugar no último vestibular de Medicina do CESMAC, nos apresenta mais uma de suas excelentes produções. Ela é mais uma entre os inúmeros alunos do Projeto Redação em Debate a atingir mais de 900 pontos na redação, segundo os critérios de avaliação do ENEM. Confira agora o texto dessa grande aluna:
Texto da aluna Ana Carolina Lyra:
     Um dos pilares que sustenta o Estado é o da credibilidade democrática, em que as pessoas devem acreditar que o governo trabalha pelo bem-estar social. Entretanto, essa confiança mostra-se fragilizada, em maio à intensa desigualdade social e à falta de serviços públicos de qualidade. Isso está ligado ao funcionamento do Estado e à pequena participação popular.
     O Estado funciona a partir do destino de recursos públicos para áreas especÃficas, desde a passagem do modelo agroexportador ao urbano-industrial. Esse fato, além de refletir nas desigualdades territoriais do Brasil, não coaduna com o princÃpio de “Justiça Social” de São Tomás de Aquino, que garante que todos são iguais nos deveres e dignos de direitos sociais.
     Além disso, em conformidade com conceito de “Capital Social” de Robert Putnam, as ações estatais são fundamentadas por ações sociais, então quanto maior for a mobilização popular, menores serão os problemas. Todavia, a população age de forma letárgica com relação à cobrança por um poder público eficiente, sem haver, dessa forma, indignação popular baseada no pedido de regulamentação de direitos, tal qual ocorreu em 1984 durante as “Diretas Já”.
     Portanto, como forma de garantir o bem-estar social e restabelecer a confiança no poder público, são necessárias ações do Estado e da população. Para o primeiro, é importante que faça jus ao “Pacto Federativo”, como forma de garantir que as verbas sejam distribuÃdas igualmente no território. Para a segunda, é imprescindÃvel que busque participação nas decisões polÃticas, a partir de manifestações nas ruas e nas redes sociais, de modo a declarar o não apoio a eventuais decisões despóticas e prejudiciais à sociedade.